Me apaixonei pelo seu "dar de ombros". Não foi preciso mais do que a nuca de Clarice pra que eu me apaixonasse. Lá estava ela, de costas, em preto e branco, numa fotografia cheia de tremores e efeitos, de beleza e de langor, de elegância e de mistérios. Me bastou saber seu nome, e seu livro favorito, para que também eu me tornasse, naquele momento, uma fotografia. Em branco e preto, tão paralisado quanto a dela, e sendo absorvido por toda aquela beleza, aqueles mistérios, passando a ser dono dos tremores e dos efeitos da minha própria fotografia.
Lá estávamos nós. Igualmente paralisados, igualmente atraídos por um universo de incertezas. As minhas caberiam num livro, que por sinal, estava derramado no colo de Clarice.
Lá estávamos nós. Igualmente paralisados, igualmente atraídos por um universo de incertezas. As minhas caberiam num livro, que por sinal, estava derramado no colo de Clarice.
Um comentário:
Que beleza o colo de clarice...
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